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Jovens também podem sofrer de osteoporose

Maíra Viégas fala sobre os fatores de risco e as formas de prevenir a osteoporose

Maíra Viégas fala sobre os fatores de risco e as formas de prevenir a osteoporose

Caracterizada por uma diminuição da massa óssea e por uma consequente fragilidade dos ossos, a osteoporose é uma doença que acomete mais de 200 milhões de mulheres em todo o mundo, estando presente em 17% das que se encontram na pós-menopausa e em 30% daquelas com mais de 65 anos, sendo que nessa faixa etária, 20% dos homens também sofrem da doença.
"Existem dois tipos de osteoporose. A primária, que é aquela relacionada à menopausa ou ao envelhecimento e a secundária, causada por medicações ou condições mórbidas que predispõem a perda de massa óssea, como diabetes, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, insuficiência renal crônica, cirurgia bariática, doença celíaca, anorexia nervosa, artrite reumatóide e uso de glicocorticóides", conta a médica endocrinologista da Santa Casa de Maceió, Maíra Viégas.
Assim, ao contrário do que muitos possam pensar, é uma doença que também pode acometer pessoas jovens, porém com menor frequência.
A osteoporose é um mal silencioso, que permanece assintomático até o surgimento de fraturas clínicas. As fraturas ósseas são a principal causa da morbidade e mortalidade associadas à osteoporose. A prevalência de fraturas de coluna vertebral é de 42% para mulheres em idade avançada ou que tenham massa óssea diminuída e, geralmente, ocorrem a partir dos 55 anos.
Entre os fatores de risco da doença estão idade avançada, história pessoal de fratura prévia, baixo peso corporal, sexo feminino, da raça branca, história familiar de osteoporose, tabagismo atual e sedentarismo.
Segundo ela, as fraturas de colo do fêmur são as manifestações mais devastadoras da osteoporose, pois resultam em uma taxa de mortalidade, dentro de um ano, que pode chegar a 20% nos indivíduos com menos de 70 anos, 30% naqueles com 70 a 80 anos e 40% se a idade for maior que 80 anos.
A endocrinologista alerta que as radiografias só demonstram os sinais de osteoporose quando cerca de 30% a 50% da massa óssea já está perdida, impedindo assim o diagnóstico precoce.
Porém, a doença pode ser diagnosticada antes do surgimento de fraturas clínicas, por meio de métodos não-invasivos, que detectam a densidade mineral óssea, sendo a densitometria óssea o método mais sensível e preciso. "Desse modo, existe a possibilidade de intervir com o objetivo de prevenir a ocorrência de fraturas", destaca a médica. Os exames laboratoriais também são importantes para a exclusão de causas secundárias de osteoporose.
Para evitar a doença, o mais importante é a prevenção da perda de massa óssea e da ocorrência de fraturas, sendo necessárias algumas medidas, como ingestão adequada de cálcio e vitamina D, prática regular de exercícios físicos, cessação do tabagismo e prevenção dos fatores de risco para quedas.
"Alguns fatores de risco, como os relacionados ao sexo e à raça, não podem ser modificados, mas podemos modificar o sedentarismo e ajudar na cessação do tabagismo, além de estimular a prática de atividades físicas, especialmente em crianças e adolescentes, para que as pessoas atinjam um maior pico de massa óssea", completa Maíra.
No caso das pessoas idosas, também é necessário tomar alguns cuidados especiais para evitar quedas, como retirar tapetes da casa, colocar tapetes antiderrapantes no box do banheiro, afixar corre-mãos nos corredores e banheiros e fazer uso de bengalas, sempre que houver necessidade, explica a endocrinologista.
No Brasil, a estimativa é de que cerca de 10 milhões de pessoas tenham a doença e que aproximadamente 2,4 milhões sofrerão algum tipo de fratura a cada ano. Por isso, o melhor é prevenir. E o tratamento, quando indicado, deve ser individualizado.

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