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Cirurgia cardíaca da Santa Casa de Maceió evolui para técnicas minimamente invasivas

As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maioria das mortes no mundo, superando até o câncer, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para tentar diminuir esses altos índices, a cardiologia tem sido uma das especialidades médicas que mais evoluem em busca de novos métodos de diagnóstico e tratamento efetivos para o controle e prevenção de cardiopatias. Acompanhando esse avanço, a Santa Casa de Maceió segue incorporando tecnologias modernas nos diferentes serviços institucionais que compõem a assistência cardiológica, como as VACS (Video Assited Cadiac Surgery) ou cirurgia cardíaca vídeo assistida.

Em 2019, a instituição introduziu a nova técnica que beneficia o paciente por ser uma opção menos agressiva com incisões cirúrgicas menores que aquelas praticadas nas cirurgias convencionais. O procedimento tem resultados idênticos aos obtidos pelo método convencional, conforme estudos científicos globais.

Especialista do Serviço de Cirurgia Cardíaca da Santa Casa de Maceió, Eolo Alencar Ribeiro, destaca que a instituição é a primeira no estado a realizar este procedimento. “As cirurgias minimamente invasivas se caracterizam por incisões bem menores que as convencionais, que têm cerca de 22-25 cm. Como as incisões são pequenas (7-10 cm), temos um menor risco cirúrgico, de sangramento e de infecção hospitalar, além da diminuição no tempo de recuperação dentro e fora do hospital, podendo o paciente retornar de forma mais breve às suas atividades de rotina. Também há um ganham na parte estética, pois fica apenas uma pequena cicatriz na parte lateral do tórax”, disse o cirurgião.

Paciente de 40 anos passou por revascularização (ponte de safena) por meio da VACS

Ainda segundo o especialista, o hospital alagoano entrou nesse processo de evolução seguindo uma tendência mundial. “Vários centros do mundo trazem esse direcionamento e nossa intenção é de que a cirurgia minimamente invasiva seja ampliada para todos os pacientes que, por exemplo, necessitam de revascularização cardíaca, trocar uma válvula cardíaca, retirar tumores cardíacos ou fazer a correção de algumas cardiopatias congênitas”, explicou. No Brasil, a cirurgia de revascularização do miocário (ponte de safena) por VACS é realizada em Maceió e em mais cinco capitais.

Retaguarda do hospital proporciona resultados favoráveis

Recentemente, a equipe da Santa Casa de Maceió realizou duas VACS em pacientes com patologias distintas. Na técnica convencional, o osso do esterno (peito) de uma mulher de 40 anos precisaria ser aberto para o cirurgião ter acesso ao órgão e retirar um tumor do coração. Com a técnica atual, um pequeno corte foi feito embaixo da mama direita. No segundo caso, um homem de 66 anos passou por uma revascularização minimamente invasiva, também sem comprometer o osso. Foi feita uma pequena incisão inframamária esquerda para implantação de quatro pontes de safena e uma ponte mamária.

Cirurgia vídeo assistida para a retirada de tumor no coração

“A cirurgia convencional ainda é a mais realizada no mundo e mantém resultados muito bons. Ela traz algumas complicações naturais da técnica, pois ao abrir o osso do tórax os riscos de infecção para o paciente são baixos, mas, quando acontece, o resultado pode ser catastrófico. O risco de mortalidade que é de 3% sobe para mais de 60%. Mas é preciso reforçar que tanto a cirurgia aberta quanto a cirurgia minimamente invasiva são seguras. O que muda é a diminuição de riscos, garantida pela evolução das técnicas cirúrgicas ao longo dos anos”, disse Eolo Alencar.

Eolo Ribeiro de Alencar responsável pelo procedimento

Para alcançar resultados positivos é necessária uma boa retaguarda. “Os hospitais que conseguem ter resultados favoráveis são de excelência. Hospitais formadores. Para se conseguir um resultado bom nesse tipo de cirurgia é preciso que os profissionais ligados ao tratamento do paciente (Emergência Cardíaca, cardiologistas, UTI e Hemodinâmica, enfermagem, fisioterapia, nefrologia, infectologia, neurologia e radiologia) estejam interligados e participando do tratamento. Nesse processo, fica claro que o Serviço de Cardiologia da Santa Casa de Maceió está muito bem preparado para receber pacientes com diferentes tipos de patologia”, destacou o especialista.

VANTAGENS CIRÚRGICAS:

– Menos agressiva e menos dor;

– Menor risco cirúrgico;

– Menor risco de sangramento e de infecção hospitalar;

– Diminuição no tempo de recuperação dentro e fora do hospital;

– Retorno mais rápido às atividades de rotina;

– Parte estética (pequena cicatriz na parte lateral do tórax).

 

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