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PRONTO ATENDIMENTO | Pacientes com AVC Isquêmico podem ficar sem sequelas

Nos últimos anos, a Santa Casa de Misericórdia de Maceió tem investido no tratamento dos pacientes acometidos por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico. A implantação do Protocolo de AVC tem sido determinante na recuperação de quem chega ao hospital com os sintomas da doença que, depois dos infartos, é a segunda causa de mortalidade no mundo.

Clécida Rebouças, neurologista clínica

A neurologista clínica Clécida Rebouças, que atua junto com as especialistas Alice Cavalcante e a equipe de neurocirurgia, liderados pelo neurocirurgião Aldo Calaça, com reforço, em breve, da neurovascular Rebeca Teixeira no Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do hospital, lembra que há algum tempo o AVC era uma doença que não tinha perspectiva de tratamento, apenas suporte paliativo. “Quem tinha um AVC Isquêmico estava fadado a ficar com as sequelas de forma definitiva, afetando totalmente sua capacidade funcional e produtiva, as vezes com limitações muito graves. Mas hoje dispomos de tratamentos para a doença que permitem que o paciente possa se recuperar parcialmente ou completamente do dano neurológico. É preciso que ele procure a unidade de saúde assim que os sintomas sejam identificados. A população precisa estar muito bem esclarecida sobre essa doença, que é bastante comum e tem possibilidade de tratamento”, destacou.

Entre os vários tipos de tratamento disponíveis na Santa Casa de Maceió, está o uso de trombolíticos, uma medicação que vai atuar dissolvendo o coágulo formado no cérebro e que está obstruindo a circulação sanguínea, permitindo que esse fluxo seja recuperado naquela região específica do cérebro. Esse tratamento deve ser iniciado em até quatro horas e meia do início dos sintomas. Outra possibilidade é a intervenção ou trombectomia, um tratamento empregado em pacientes com até 24 horas após os primeiros sintomas, a depender do caso. Nele, o médico intervencionista faz a cateterização de uma artéria, e retira mecanicamente o trombo.

“Por isso a importância das pessoas que detectarem que seu parente ou amigo está sofrendo um AVC chamarem a emergência médica ou levar imediatamente a um hospital. E não é qualquer hospital. Hoje o que se vê muito são as pessoas procuram a UPA, mas ela não tem estrutura para receber esse paciente, pois não tem exames de imagem, nem os especialistas da área. As pessoas devem procurar um local correto, que é um hospital de grande porte, que atenda porta aberta na emergência. A Santa Casa de Maceió está preparada para isso. Temos equipe de enfermagem, emergencistas, neurologistas, intervencionistas, neurocirurgiões, radiologistas, intensivistas que vão compor a equipe de atendimento, além do time de fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, nutricionistas e psicólogos que vai dar suporte de reabilitação. É um tratamento bem complexo e integrado”, explicou a neurologista Clécida Rebouças.

PROTOCOLO – O Protocolo de AVC da Santa Casa de Maceió está bem estabelecido no hospital, sendo constantemente aprimorado. Atualmente ele conta com uma equipe de neurologistas clínicos que reforçam o atendimento dos pacientes. Quando alguém chega com suspeita da doença, o protocolo é acionado e todos os setores do hospital têm que agir rapidamente, desde a enfermeira da triagem, que aciona o médico da emergência (este avalia o paciente e pede os exames de tomografia sem contraste e o estudo dos vasos) até o neurologista, que vai avaliar e indicar o tratamento.

“Não se pode negligenciar sintomas. Há pacientes que se sentem mal e esperam melhorar em casa. Um erro. Na pandemia, muitos pacientes estão evitando procurar os hospitais, o que diminui o tratamento e aumenta as sequelas. Mesmo quem teve sintomas leves e se recuperou precisa procurar um médico para uma prevenção secundária. Tem que identificar a causa e tratar o problema e prevenir. Pacientes acima de 50 anos, diabéticos, hipertensos, tabagistas, sedentários e com problemas cardíacos tem maior risco de serem acometidos por essa doença. O AVC pode deixar sequelas graves, destruir a vida da pessoa, que pode perder sua independência e sofrer com depressão, por exemplo. Quanto mais cedo o paciente recebe tratamento, melhor será sua recuperação. Temos pacientes que ficaram sem sequela nenhuma, mesmo sofrendo um AVC extenso”, disse a especialista.

 

 

 

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