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Pacientes oncológicos plantam árvores para celebrar fim de tratamento

Primeiro, o susto do diagnóstico de câncer. Dali em diante, o início de uma rotina de consultas, exames e incertezas. Sessões e mais sessões de quimioterapia/radioterapia. Mais incertezas. O tratamento longo e doloroso é apenas um dos obstáculos de quem tenta escapar das estatísticas fatais de uma doença que atinge milhões a cada ano. E muitos conseguem.

Aishá Góis, gestora da Linha Oncológica, as seis pacientes que participaram do projeto, e o diretor médico do hospital, Artur Gomes Neto

Na manhã de terça-feira (21), seis pacientes da Oncologia e seus acompanhantes chegaram ao Zoo Parque Pedro Nardelli, localizado no povoado Utinga, em Rio Largo. A natureza, cheia de vida, os aguardava para que inaugurassem o Projeto Vencer da Santa Casa de Maceió em parceria com o Instituto para a Preservação da Mata Atlântica (IPMA).

Taíse Suelen Ribeiro Gomes plantou uma árvore na reserva ecológica

A tarefa simples de plantar uma árvore, teve um caminho tortuoso: para estar ali, era necessário ter finalizado o tratamento oncológico. “A ação foi uma maneira singela de reconhecer a vida como um bem maior plantando árvores, recuperando nascentes, e trabalhando com a preservação da vida do Mutum-das-Alagoas, ave que corre o risco de extinção. O projeto é de tamanha grandiosidade que pode ser estendido para outras áreas. Acredito que ele dará muitos frutos e iremos plantar mil, dez mil árvores. É tão difícil sair de uma tratamento de câncer e vencer essa batalha, que acredito que plantar uma árvore seja uma maneira muito boa de comemorar a vida”, destacou o diretor médico da Santa Casa de Maceió, Artur Gomes Neto.

Gisela Pfau de Carvalho foi uma das pacientes que participou da iniciativa. “Foi um momento muito especial. Assim como a Mata Atlântica, como o Mutum, eu e todos os pacientes que vieram somos sobreviventes. É preciso muita coragem para passar por um tratamento oncológico. Agora tem um ano e três meses que descobri um câncer, que eu operei tanto no abdômen como cérebro, fiz quimioterapia e radioterapia. Estou viva por causa da Santa Casa de Maceió e os profissionais que nela atuam. Tenho que agradecer ao SUS, mas, primeiramente agradeço a Deus, pois é preciso ter fé. Agradeço também à minha família que esteve comigo nos momentos mais difíceis. Estar nesse projeto é extremamente especial, porque deixei uma árvore que representa esperança e vida”, disse.

Gisela Pfau de Carvalho foi uma das homenageadas na iniciativa

O sentimento de alegria era o mesmo entre os outros cinco pacientes ao plantar suas árvores. Taíse Suelen Ribeiro Gomes, 22 anos, foi diagnosticada ao 18 anos e passou quatro anos enfrentando a luta contra a doença.  “Foi uma fase muito difícil. Eu tinha um tumor desmóide entre a parede do intestino e do abdômen. Mas, graças a Deus, ele me deu forças, fé e esperança e agora faço parte desse projeto maravilhoso que o hospital realiza”, disse a estudante.

Taciane fez cinco meses de quimioterapia e está bem de saúde

No final de 2019, Taciane Silva descobriu um câncer de ovário. O tratamento começou no início de 2020 e hoje ela está recuperada. “Fiz cinco meses de quimioterapia, fui muito bem atendida na Santa Casa de Maceió, lugar onde tive um apoio enorme. Graças a Deus tudo acabou, estou aqui, estou viva, e hoje, plantando árvore da vida para representar que venci, que o câncer tem cura, e que a gente pode, sim, vencer essa doença”, comemorou a paciente.

“A Oncologia da Santa Casa de Maceió é uma referência em Alagoas não apenas pela excelência dos seus tratamentos e bons resultados, mas também pelo olhar humanizado sobre cada paciente que recebe. Durante a ação, foi nítido o sentimento de vitória no rosto de cada paciente ao plantar sua árvore”, disse a gestora administrativa da Linha de Cuidados ao Paciente Oncológico, Aishá Góis.

Maria Helena Lessa, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer

Além do diretor médico da instituição, a ação contou com a participação de vários gestores, gerentes e colaboradores da Santa Casa de Maceió. Maria Helena Lessa, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, e outros membros da entidade, também participaram da iniciativa.

SUSTENTABILIDADE As unidades plantadas pelos pacientes podem ser encontradas em qualquer época do ano por localização via satélite. “Precisávamos de algo grandioso com relação à sustentabilidade socioambiental e surgiu a ideia de uma parceria com o IPMA de plantar árvores para cada paciente nosso de oncologia que tivesse recebido alta”, explicou o diretor médico do hospital.

Durante a visita foi possível ver de perto o Mutum-das-Alagoas

Envolvido com a preservação da Mata Atlântica, o Zoo Parque Pedro Nardelli também abriga o pássaro Mutum-das-Alagoas, espécie ameaçada de extinção. O espaço pretende ser um centro de educação ambiental, o único zoológico temático com espécies que só ocorrem em Alagoas. “O ambiente reproduz a Mata Atlântica e terá cerca de 20 espécies de aves que convivem com o Mutum”, explicou o presidente do IPMA, Fenando Pinto.

 

 

 

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